Serviço de Entomologia

Isoptera – Cupins e outros Ortopteroides

Tiago Carrijo©
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Isoptera – Cupins e outros Ortopteroides

A coleção de cupins conta com cerca de 27 500 amostras tombadas. Neste acervo há 82 holótipos, um neótipo, três lotes de síntipos e 124 lotes de parátipos. Cerca de 3000 lotes aguardam registro para serem incluídos na coleção. A maioria das amostras é conservada em álcool 80%. Entretanto, já há uma razoável quantidade de material fixado em álcool 96%, propiciando estudos com dados moleculares que estão sendo realizados pela equipe deste laboratório.

A coleção de Isoptera do Museu de Zoologia da USP (MZUSP) é considerada a mais importante do Brasil. Iniciada nos anos 40 com os esforços de Renato L. Araújo, falecido em 1978, desde então continua crescendo, com os projetos da curadora, Dra. Eliana Marques Cancello e seus alunos, além da colaboração dos principais especialistas brasileiros e de alguns colegas de várias partes do mundo.

A coleção é uma das melhores do mundo quanto à representação da Região Neotropical, ainda que não seja a depositária da maior parte dos tipos das espécies neotropicais. Conta com amostras de todos os gêneros descritos dessa região, mais todos os da Paleártica e da Neártica, além de algum material das Regiões Oriental, Australiana e Etiópica. Todos os biomas brasileiros estão representados, porém de modo não uniforme.

O expressivo crescimento da coleção se deve também aos vários auxílios da FAPESP, sendo o mais importante o projeto do Programa Biota/Fapesp “Riqueza e Diversidade de Hymenoptera e Isoptera ao Longo de um Gradiente Latitudinal na Mata Atlântica” (1999-2005). Nos últimos anos, destacam-se ainda os levantamentos nas áreas das Usinas Hidroelétricas de (UHE) de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, na região do alto Rio Madeira, realizados entre 2010 e 2012, matéria de tese de doutorado de Tiago F. Carrijo e de Tarik Godoy Dangl Plaza e a dissertação de mestrado de Rafaella G. Santos. Destas localidades foram incluídas na coleção 6179 amostras, mais farto material não tombado, que pode ser usado para permutas, por exemplo.

Outro incremento recente para a reorganização da coleção foi a presença de bolsistas de aperfeiçoamento técnico de nível superior dentro do projeto “Contribuição à taxonomia de Termitidae (Insecta: Isoptera) e curadoria dos ortopteroides da coleção do Museu de Zoologia da USP (MZUSP)”, aprovado no Edital CNPq/Protax- Programa de Capacitação em Taxonomia (novembro de 2010 a nov. 2014, Proc. 562256/2010-5).

Os dados das amostras tombadas na coleção foram todos incluídos num banco de dados informatizado – the Specify software Project. Até outubro de 2019 havia 27475 amostras registradas, mais cerca de 3000 para serem processadas e cerca de 4000 em etanol 96% para extração de DNA. Os dados de campo, como por exemplo, anotações sobre locais de coletas, ou sobre os ninhos, inquilinos (outras espécies de cupins e/ou diversos artrópodes encontrados juntos no mesmo ninho), além de fotos também estão sendo incluídos neste banco, que deverá ser disponibilizado em breve. Todo este esforço fez parte de um projeto em âmbito nacional, o Sistema Brasileiro de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (o SIBBR), que financiou o pagamento de bolsistas e de equipamentos (computadores) para as tarefas de informatização de coleção.

Acondicionada em armários compactadores, a coleção é mantida em ótimo estado de conservação, por técnicos da equipe do MZUSP, além de eventuais bolsistas, como os mencionados acima, que auxiliam nos serviços básicos de curadoria técnica, sempre com supervisão da curadora.

Há ainda uma preocupação de ampliar a cobertura deste acervo com amostras de outras regiões do mundo.

A coleção de Phasmatodea do MZUSP conta com aproximadamente 1.200 exemplares preservados em via seca, incluindo 11 holótipos, 4 síntipos e 3 parátipos. A coleção dispõe de representantes de todas as cinco famílias de bichos-paus que ocorrem no Brasil (Diapheromeridae, Heteronemiidae, Phasmatidae, Prisopodidae e Pseudophasmatidae), além de um pequeno número de representantes das famílias Agathemeridae, Aschiphasmatidae e Lonchodidae. Noventa por cento do acervo encontra-se identificado no mínimo até o nível de gênero, havendo ao menos 48 gêneros representados.

Além de adultos e ninfas, o acervo também conta com uma coleção de ovos, cuja preservação é importante para estudos taxonômicos em Phasmatodea. Atualmente, estão disponíveis 80 lotes de ovos, pertencentes a pelo menos 45 espécies distribuídas em 16 gêneros e 4 famílias.

A coleção de Phasmatodea passou por um crescimento significativo entre 2015 e 2019, principalmente por conta do projeto de doutorado de Pedro Ivo C. Machado, “Revisão taxonômica e análise filogenética de Paraphasma (Phasmatodea: Pseudophasmatidae: Stratocleinae)” (processo FAPESP 2015/08808-2). As atividades de curadoria relacionadas a esse projeto também possibilitaram uma melhor organização da coleção, tornando-a mais propícia para a realização de outros estudos taxonômicos.

A coleção de Mantodea foi tema de publicação de membros do laboratório:

Rodrigues, H.M. & Cancello, EM. 2013. Mantodea (Insecta) collection in the Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo: Taxonomic and geographical coverage

Check List 9(5): 957–965.

Sistemática e Biologia de Isoptera; padrões de distribuição e de diversidade de cupins da Região Neotropical
Profª. Drª. Eliana Marques Cancello
Telefone:
+55 (11) 20658137 (sala)
+ 55 (11) 2065 81 34 (alunos)
E-mail : ecancell@usp.br

Ana Maria Vasques (Especialista em Pesquisa e Apoio de Museu)
Telefone: (55) (11) 2065-6685
E-mail:  vasques@usp.br

Carlos Campaner (Especialista em Pesquisa e Apoio de Museu)
Telefone: (55) (11) 2065-8125
E-mail: campaner@usp.br

Joel Alves da Conceição (Auxiliar de Museu)
Telefone (55) (11) 2065-8139
E-mail: joelcon@usp.br

Thalita Fonseca Alves (Técnica de Museu)
Tel: (55) (11) 2065-8139
E-mail: tha.fonseca@usp.br